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22/05/2025
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6 min de leitura
CBDCBD

Canabidiol (CBD) em crianças: quando considerar essa opção terapêutica?

Quando os tratamentos convencionais falham, a busca por alternativas pode ser angustiante para qualquer família. Nesses momentos, muitos pais se perguntam: será que o canabidiol (CBD) pode ser uma opção segura e eficaz para o meu filho?

O uso do canabidiol em crianças ainda levanta dúvidas e exige cuidados, mas tem ganhado espaço na medicina — especialmente em casos específicos, como epilepsias graves que não respondem aos medicamentos comuns.

Neste artigo, você vai entender o que dizem as autoridades de saúde sobre o uso do CBD na infância, em quais situações ele pode ser indicado e por que o acompanhamento médico é essencial nesse processo.

Médica preparando dose de canabidiol (CBD) com conta-gotas em um frasco âmbar, enquanto uma mãe e seu filho observam atentamente.
  • O CBD é considerado uma opção terapêutica para crianças principalmente em casos de epilepsia refratária, quando medicamentos tradicionais não funcionam.
  • Autoridades como a OMS, FDA (EUA) e Anvisa (Brasil) reconhecem o uso do CBD em contextos específicos, desde que com prescrição médica e acompanhamento.
  • O FDA aprovou o Epidiolex, à base de CBD, para epilepsias infantis graves como Dravet e Lennox-Gastaut. No Brasil, produtos podem ser importados ou comprados em farmácias autorizadas.
  • Há respaldo científico para epilepsias resistentes, mas outras aplicações como autismo, ansiedade e distúrbios do sono ainda estão em fase de pesquisa.

É seguro dar CBD para crianças?

Essa é uma pergunta cada vez mais comum entre pais que enfrentam situações difíceis, como epilepsias resistentes ou sintomas que os tratamentos tradicionais não conseguem controlar. O uso de CBD em crianças ainda exige cuidado e atenção, mas vem ganhando respaldo da comunidade científica — especialmente quando feito com prescrição médica e acompanhamento profissional.

Diversas autoridades internacionais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a FDA (EUA), já reconhecem que o canabidiol apresenta um bom perfil de segurança — inclusive na infância — quando usado sob prescrição médica em contextos bem definidos, como nas epilepsias refratárias

O que dizem os órgãos de saúde sobre o uso do CBD em crianças?

1.Organização Mundial da Saúde (OMS):

Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o relatório “Cannabidiol (CBD) Critical Review Report”, elaborado pela 40ª Comissão de Especialistas em Dependência de Drogas (ECDD).

O documento conclui que o canabidiol é, de modo geral, bem tolerado e apresenta um bom perfil de segurança, sem evidências de potencial para abuso ou dependência. Também aponta que os efeitos adversos observados tendem a ser leves e, em muitos casos, estão associados a interações medicamentosas.

A OMS destaca ainda que o CBD é bem tolerado por humanos — incluindo crianças — com efeitos colaterais, em geral, leves e controláveis.

2.Food and Drug Administration (FDA – EUA)

Nos EUA, a FDA aprovou em 2018 o Epidiolex, o primeiro medicamento à base de CBD aprovado oficialmente. Ele é indicado para crianças com síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e esclerose tuberosa, todas formas raras e graves de epilepsia.

A aprovação foi baseada em estudos clínicos que comprovaram a eficácia e a segurança do canabidiol nesses casos. O Epidiolex é um produto de grau farmacêutico, com pureza controlada, e só pode ser usado com prescrição e acompanhamento médico.

3.Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa – Brasil)

No Brasil, a Anvisa permite o uso de produtos à base de CBD com receita médica e acompanhamento profissional. Esses produtos são indicados especialmente quando os tratamentos convencionais não surtiram o efeito esperado. Hoje, os pais têm duas possibilidades:

  • Importar o produto com autorização da Anvisa, mediante cadastro e prescrição médica;
  • Comprar em farmácias autorizadas, conforme a RDC nº 327/2019, que define regras sobre qualidade, rotulagem e controle.

Esses produtos não são considerados medicamentos, mas precisam seguir critérios rigorosos de segurança e só podem ser adquiridos com receita.

Quando o CBD é indicado para crianças?

O canabidiol (CBD) pode ser uma alternativa em casos específicos, principalmente quando os tratamentos convencionais não estão funcionando bem ou causam efeitos colaterais difíceis de suportar. Entre todas as possibilidades, a epilepsia refratária é, até o momento, a indicação mais segura, legal e respaldada por evidências científicas.

A epilepsia refratária é caracterizada por crises frequentes e imprevisíveis que persistem mesmo com o uso correto de dois ou mais medicamentos. Essa condição compromete seriamente a qualidade de vida da criança e de toda a família, afetando rotinas, sono, aprendizagem e bem-estar emocional.

Entre os tipos mais conhecidos estão a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut, formas graves e de difícil controle da doença. Foi nesses casos que o CBD demonstrou resultados significativos, o que levou a FDA (agência reguladora dos EUA) a aprovar o Epidiolex, o primeiro medicamento à base de canabidiol para uso pediátrico em epilepsias raras.

No Brasil, a Anvisa também autoriza o uso e a importação do produto, desde que haja prescrição médica e acompanhamento especializado.

Atualmente, essa é a principal situação em que o uso de CBD em crianças é considerado seguro, legal e clinicamente indicado.

Outras possíveis aplicações — como autismo, ansiedade, distúrbios do sono ou dor crônica — ainda estão em fase de pesquisa, com resultados preliminares promissores, porém sem comprovação clínica suficiente para aprovação formal do uso pediátrico.

Por isso, qualquer decisão sobre o uso do CBD deve ser tomada em conjunto com o médico da criança, considerando cuidadosamente o quadro clínico, os riscos e os possíveis benefícios do tratamento.

Como o CBD pode ajudar crianças com epilepsia e outros sintomas?

O CBD tem se mostrado especialmente útil em casos de epilepsia refratária, ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das crises convulsivas em crianças que não respondem bem aos medicamentos tradicionais.

Essa melhora pode representar um ganho significativo na qualidade de vida da criança e de sua família — com menos internações, menos efeitos colaterais de outras medicações e maior estabilidade no cotidiano.

Além disso, embora ainda em fase de estudo, muitos pais relatam melhorias em outros aspectos, como:

  • Sono mais tranquilo;
  • Redução da ansiedade;
  • Menor irritabilidade ou agitação;
  • Melhora na interação social e na concentração (sobretudo em casos de autismo).

Esses efeitos positivos ainda não têm comprovação científica definitiva para todas as condições mencionadas, mas vêm sendo investigados por pesquisadores ao redor do mundo.

Quais são os principais riscos e efeitos adversos do CBD em crianças?

Apesar de geralmente bem tolerado, o canabidiol pode causar efeitos adversos, especialmente quando utilizado em doses elevadas ou sem acompanhamento médico adequado. Os efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Sonolência;
  • Diarreia;
  • Perda de apetite.

Outro ponto de atenção importante é a qualidade dos produtos. Nem todos os itens à base de CBD disponíveis no mercado possuem controle rigoroso de pureza. Produtos de origem duvidosa podem conter:

  • THC (composto psicoativo da cannabis);
  • Solventes tóxicos;
  • Metais pesados ou outros contaminantes.

Por isso, é fundamental que o produto seja adquirido com prescrição médica e em estabelecimentos autorizados, respeitando as normas da Anvisa.

Interações com outros medicamentos: o que os pais precisam saber

O CBD pode interagir com outros remédios, afetando a forma como eles são absorvidos, metabolizados e eliminados pelo organismo. Isso acontece porque o canabidiol é processado no fígado por enzimas que também atuam sobre muitos medicamentos comuns, como:

  • Antiepilépticos
  • Antidepressivos
  • Corticoides
  • Antibióticos, entre outros.

Essas interações podem aumentar ou diminuir o efeito dos remédios, ou até intensificar efeitos colaterais.

Considerações finais

O uso do canabidiol (CBD) em crianças ainda exige cautela, responsabilidade médica e acompanhamento especializado. No entanto, os avanços científicos e as aprovações regulatórias demonstram que, em casos específicos como as epilepsias refratárias, o CBD pode representar uma alternativa eficaz e segura — especialmente quando os tratamentos convencionais não surtem efeito.

É importante destacar que o CBD não é uma solução universal. Outras possíveis aplicações — como em transtornos do espectro autista, ansiedade, distúrbios do sono e dor crônica — ainda estão em fase de pesquisa e não contam com aprovação formal para uso pediátrico.

Por isso, qualquer decisão sobre o uso do canabidiol em crianças deve ser tomada em conjunto com o médico responsável, com base em um diagnóstico preciso, avaliação individualizada e conhecimento dos possíveis riscos e benefícios.

Com produtos de qualidade, orientação profissional e uso responsável, o CBD pode oferecer uma nova esperança para muitas famílias — sempre dentro dos limites da ciência e da ética médica.

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