- O CBD mostrou efeito preciso e seguro, sem causar hipotermia ou interferir no equilíbrio térmico.
- A pesquisa indica que o CBD modula respostas inflamatórias via sistema endocanabinoide.
- O estudo reforça o CBD como agente multifuncional, promissor para o tratamento de febres e inflamações.
A pesquisa
Sob orientação do professor Luiz Guilherme Siqueira Branco, do Departamento de Biologia Básica e Oral da Forp, o trabalho investigou os efeitos do CBD em modelos experimentais de febre induzida por inflamação em camundongos. Os resultados foram publicados na revista científica Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry.
Nos experimentos, os pesquisadores observaram que o CBD, administrado em dose específica, reduziu significativamente a febre provocada pelo lipopolissacarídeo (LPS) — uma molécula conhecida por desencadear respostas inflamatórias intensas no organismo.
Efeito seletivo e segurança
Um dos achados mais relevantes da pesquisa foi o efeito seletivo do canabidiol. O composto não alterou a temperatura basal dos animais, agindo apenas quando havia febre associada à inflamação.
Esse comportamento é considerado altamente desejável em termos farmacológicos, pois demonstra que o CBD atua de forma precisa e segura, sem provocar hipotermia ou interferir no equilíbrio térmico natural do organismo. Essa característica o diferencia de muitos antipiréticos convencionais, que podem afetar a temperatura mesmo em condições normais, aumentando o risco de efeitos colaterais.
A descoberta reforça o potencial do canabidiol como alternativa terapêutica inovadora, capaz de modular respostas inflamatórias de maneira controlada — um passo importante para o desenvolvimento de medicamentos mais específicos e com melhor perfil de segurança.
Avanço científico e perspectivas clínicas
O estudo da USP contribui para ampliar a compreensão sobre as interações entre o sistema endocanabinoide e os mecanismos de regulação térmica, abrindo caminho para novas aplicações do CBD no tratamento de condições inflamatórias e febris.
Além de seu já conhecido potencial ansiolítico, analgésico e neuroprotetor, o canabidiol se mostra agora como um composto promissor no controle de respostas fisiológicas complexas associadas à inflamação.
Considerações finais
Os achados reforçam o papel crescente do canabidiol como agente terapêutico multifuncional, unindo neurociência, farmacologia e medicina translacional. Essa descoberta representa mais um passo importante rumo ao uso clínico seguro e fundamentado da cannabis medicinal, especialmente em contextos onde o controle da febre é fundamental para a recuperação do paciente.

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