Higiene das mãos: Um gesto simples que salva vidas

A higiene das mãos é uma ação simples, mas de impacto gigantesco na proteção da saúde. Lavar as mãos de forma adequada é uma das medidas mais eficazes para prevenir infecções e a disseminação de doenças, tanto em ambientes hospitalares quanto na comunidade.

Para reforçar essa importância, foi criado o Dia Mundial da Higiene das Mãos, celebrado anualmente em 5 de maio, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançada em 2009 com a campanha "Salve Vidas: Higienize suas Mãos".

A higiene das mãos é uma medida simples, mas extremamente eficaz na prevenção de infecções e na proteção da saúde coletiva. Atua como barreira fundamental contra a disseminação de doenças tanto em hospitais quanto na vida cotidiana.
As mãos são veículos comuns para transmissão de vírus, bactérias e fungos. A correta higienização evita a entrada desses agentes no corpo e impede sua propagação para outras pessoas. Doenças como gripes, Covid-19, hepatite A e infecções hospitalares podem ser evitadas com esse hábito.
A lavagem com água e sabão deve durar entre 40 e 60 segundos, cobrindo toda a superfície das mãos. O álcool em gel a 70% é uma alternativa eficaz quando não há acesso à água, devendo ser usado por cerca de 20 segundos, mas não substitui a lavagem em caso de sujeira visível.
A higiene das mãos também é essencial ao lidar com medicamentos — incluindo produtos de cannabis medicinal — para evitar contaminação e garantir a segurança do tratamento. Esse cuidado reforça o compromisso com boas práticas farmacêuticas e a cultura de segurança.

Qual é o objetivo da campanha?

O Dia Mundial da Higiene das Mãos tem como principal objetivo ampliar a conscientização global sobre a importância da correta higienização das mãos na prevenção de infecções.

A campanha busca mobilizar profissionais de saúde, gestores hospitalares, pacientes e toda a sociedade, incentivando práticas seguras que contribuam para a redução de infecções hospitalares e da transmissão de doenças em ambientes comunitários — especialmente em situações de surtos e pandemias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que a higiene das mãos é uma responsabilidade compartilhada: governos, instituições de saúde e cidadãos devem atuar em conjunto para fortalecer uma cultura global de segurança e prevenção.

Esse conceito de responsabilidade coletiva aparece em vários documentos oficiais da OMS e está profundamente ligado à ideia de "cultura de segurança do paciente" — um dos pilares fundamentais para melhorar a qualidade dos serviços de saúde no mundo todo.

O que é cultura de segurança do paciente?

A cultura de segurança do paciente é o conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que uma organização — especialmente na área da saúde — adota para priorizar e garantir a segurança dos pacientes em todos os seus processos.

Em outras palavras, trata-se de um compromisso coletivo, no qual profissionais de saúde, gestores, equipes de apoio e até os próprios pacientes têm como prioridade a prevenção de erros, a redução de riscos e a promoção de cuidados seguros.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define essa cultura como aquela em que:

A segurança é reconhecida como responsabilidade de todos;
Os erros são analisados para promover melhorias, em vez de serem ocultados;
A comunicação aberta é estimulada;
O aprendizado contínuo é incentivado para prevenir danos aos pacientes;
Governos, instituições e profissionais atuam de forma colaborativa para fortalecer práticas seguras.

Esses princípios se traduzem em ações práticas adotadas no dia a dia da assistência à saúde. Entre as práticas fundamentais dessa cultura, destacam-se a higiene das mãos, a identificação correta dos pacientes, o uso seguro de medicamentos e a prevenção de infecções.

A higiene das mãos, em especial, é considerada um dos pilares essenciais para evitar infecções relacionadas aos cuidados de saúde.

Por que a higiene das mãos é tão importante?

As mãos são uma das principais vias de transmissão de agentes infecciosos. Diversos microrganismos — como vírus, bactérias e fungos — podem ser carregados após o contato com superfícies contaminadas, pessoas doentes ou até mesmo durante atividades cotidianas.

Sem a higienização adequada, esses agentes podem entrar no organismo pelas mucosas da boca, do nariz e dos olhos, ou ainda serem transferidos para outras pessoas. A lavagem correta das mãos interrompe essa cadeia de transmissão, protegendo não só quem pratica a higiene, mas também toda a comunidade ao seu redor.

Entre as doenças que podem ser prevenidas com essa prática simples e eficaz estão:

Infecções respiratórias, como gripes e resfriados;
Covid-19;
Infecções intestinais, como diarreias infecciosas;
Hepatite A;
Infecções hospitalares, incluindo infecções urinárias e de corrente sanguínea.

Como fazer a higiene correta das mãos?

Para que a higienização seja realmente eficaz, é importante seguir algumas orientações básicas:

1.Lavar as mãos com água e sabão:

Molhar as mãos com água corrente.
Aplicar sabão suficiente para cobrir toda a superfície das mãos.
Esfregar bem palmas, dorso das mãos, entre os dedos, unhas e punhos, por pelo menos 40 a 60 segundos.
Enxaguar completamente e secar com papel toalha descartável ou toalha limpa.

2.Usar álcool em gel (70%):

Utilizar álcool gel sempre que não houver acesso fácil à água e sabão.
Aplicar quantidade suficiente para cobrir toda a superfície das mãos.
Esfregar até que o produto seque completamente (aproximadamente 20 segundos). Importante: O álcool em gel não substitui a lavagem das mãos em casos de mãos visivelmente sujas ou engorduradas.

Em quais momentos a higiene das mãos é essencial?

A lavagem ou higienização das mãos é fundamental em diversas situações do dia a dia para prevenir a transmissão de doenças. Entre os principais momentos, destacam-se:

Antes e depois de comer;
Após usar o banheiro;
Depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz;
Antes e depois de cuidar de alguém doente;
Após tocar em objetos ou superfícies de uso público, como corrimãos, elevadores e transporte coletivo;
Ao chegar em casa após sair à rua;
Antes e depois de realizar procedimentos de saúde, como curativos ou administração de medicamentos

Higiene das mãos nos serviços de saúde

Em ambientes de saúde, como hospitais e clínicas, a higienização das mãos é ainda mais crítica. Profissionais de saúde devem seguir protocolos rigorosos para prevenir infecções, especialmente os "5 momentos para a higiene das mãos", definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS):

Antes de tocar no paciente;
Antes da realização de procedimentos assépticos;
Após risco de exposição a fluidos corporais;
Após tocar o paciente;
Após tocar superfícies próximas ao paciente.

O cumprimento dessas etapas reduz drasticamente o risco de infecções relacionadas à assistência à saúde, protegendo tanto os pacientes quanto os profissionais.

Higiene das mãos e a segurança na manipulação de medicamentos, incluindo a cannabis medicinal

Em ambientes de saúde, a manipulação adequada de medicamentos é essencial para garantir a segurança dos pacientes — e isso inclui a cannabis medicinal, que vem sendo cada vez mais utilizada no tratamento de diversas condições clínicas.

Assim como antibióticos, analgésicos e outros medicamentos, os produtos derivados da cannabis, como óleos e cápsulas, exigem cuidados rigorosos no armazenamento, preparo e administração. A higiene das mãos é uma etapa fundamental nesse processo, especialmente para prevenir a contaminação de produtos e evitar a transmissão de microrganismos que poderiam comprometer o tratamento ou causar infecções.

Além disso, a segurança na manipulação de cannabis medicinal reforça o compromisso com a cultura de segurança do paciente, priorizando boas práticas de higiene e manejo responsável de medicamentos.

Considerações finais

O Dia Mundial da Higiene das Mãos é mais do que uma data de campanha: é um convite para repensarmos nossas atitudes diárias em favor da nossa saúde e da saúde coletiva.

Pequenas ações, como lavar bem as mãos ou usar álcool em gel, têm um impacto imenso na prevenção de doenças e na construção de ambientes mais seguros.

Em casa, no trabalho ou nos hospitais, a higiene das mãos salva vidas. Adotar esse hábito com consciência é uma demonstração de respeito por nós mesmos e pelo próximo.