- Cannabis e medicamentos são metabolizados no fígado, e os canabinoides (CBD e THC) podem alterar a velocidade de eliminação dos remédios, aumentando ou reduzindo seus efeitos.
- O CBD pode desacelerar o metabolismo de alguns fármacos, enquanto o THC também interfere em enzimas hepáticas, podendo potencializar efeitos ou diminuir a eficácia de medicamentos.
- É essencial acompanhamento médico para analisar medicações, ajustar doses, solicitar exames e orientar sobre sinais de alerta como tontura, sonolência ou náuseas.
- Idosos e pessoas com doenças crônicas têm maior risco de interações devido ao uso de múltiplos remédios e metabolismo mais lento, reforçando a importância da orientação profissional.
Como essas interações acontecem
Os canabinoides influenciam o funcionamento de enzimas hepáticas — substâncias que ajudam o fígado a “quebrar” os medicamentos.
- O CBD, por exemplo, pode diminuir a velocidade com que o corpo elimina certos remédios, fazendo com que fiquem mais tempo no organismo.
- O THC também pode interferir em enzimas semelhantes, alterando o efeito de alguns fármacos.
Isso significa que a cannabis pode potencializar o efeito de alguns medicamentos (aumentando o risco de efeitos colaterais) ou reduzir sua eficácia, dependendo da dose e da combinação usada.
Cuidados importantes durante o tratamento
Embora nem todas as interações entre a cannabis medicinal e outros medicamentos representem riscos graves, o acompanhamento médico é indispensável para garantir segurança e eficácia no tratamento.
Antes de iniciar o uso, o profissional de saúde deve:
- Analisar todas as medicações em uso, identificando possíveis combinações que exijam atenção;
- Ajustar as doses, quando necessário, para evitar excesso ou redução do efeito terapêutico;
- Solicitar exames periódicos, especialmente para avaliar o funcionamento do fígado e acompanhar a resposta do organismo;
- Orientar o paciente sobre sinais de alerta, como sonolência intensa, náuseas persistentes, tontura, sangramentos ou qualquer alteração incomum.
Pacientes idosos ou portadores de doenças crônicas merecem cuidado redobrado, pois costumam utilizar diversos medicamentos e possuem um metabolismo mais lento, o que pode aumentar a chance de interações.
Em todos os casos, a comunicação aberta com o médico é a melhor forma de ajustar o tratamento e garantir que os benefícios da cannabis medicinal sejam alcançados com segurança.
Considerações finais
A cannabis medicinal pode trazer benefícios reais à saúde, mas deve ser usada com responsabilidade e orientação profissional. Com o acompanhamento adequado, é possível aproveitar os efeitos terapêuticos dos canabinoides com segurança, evitando interações indesejadas e garantindo um tratamento mais eficaz e equilibrado.

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