- A forma como os canabinoides entram no organismo determina absorção, biodisponibilidade, início e duração dos efeitos terapêuticos.
- Após administrados, distribuem-se pelo sistema nervoso e tecido adiposo, passam por metabolismo hepático e são eliminados por fezes, urina e suor.
- Oral (ação lenta e duradoura), sublingual (absorção mais rápida), inalatória (efeito imediato e curto) e tópica/transdérmica (ação local ou liberação contínua).
- Anvisa autoriza apenas vias oral, sublingual e tópica; demais dependem de importação excepcional. A escolha da via deve considerar rapidez, duração e segurança do tratamento.
A farmacocinética dos canabinoides descreve o caminho dessas substâncias pelo corpo. Após a administração, os compostos se distribuem pelos tecidos — especialmente o sistema nervoso e o tecido adiposo — e passam por metabolismo hepático e extra-hepático, sendo eliminados por meio das fezes, urina, suor e outros fluidos corporais.
Diferentemente da maioria dos medicamentos, que possuem apenas uma via de uso, os produtos à base de cannabis apresentam diversas possibilidades de administração, cada uma com vantagens e finalidades específicas.
1. Via Oral
A via oral é uma das mais utilizadas, abrangendo óleos, cápsulas e produtos comestíveis.Após a ingestão, os canabinoides são absorvidos no trato gastrointestinal e passam pelo metabolismo hepático de primeira passagem, o que reduz sua biodisponibilidade — parte do composto é degradada antes de atingir a circulação sistêmica.
A absorção é gradual: as concentrações máximas no sangue costumam ocorrer entre duas e quatro horas após o uso. Os efeitos terapêuticos surgem de forma mais lenta, mas tendem a durar entre seis e dez horas, sendo uma opção ideal para tratamentos contínuos e controle prolongado de sintomas como dor crônica, ansiedade e insônia.
2. Via Sublingual
Na via sublingual, o óleo ou extrato é aplicado sob a língua, permitindo absorção direta pelos vasos sanguíneos. Essa forma de uso evita parcialmente o metabolismo hepático inicial, aumentando a biodisponibilidade do medicamento em relação à via oral.
As concentrações plasmáticas máximas são atingidas entre 1,5 e 3 horas, com início de ação em cerca de 15 a 30 minutos. Essa via é recomendada quando se busca resposta mais rápida e controle preciso da dosagem, sendo indicada para situações de ansiedade aguda, espasmos musculares e crises dolorosas. Além disso, é prática, discreta e segura, sem os riscos respiratórios associados à inalação.
3. Inalação (Vaporização)
A vaporização aquece o extrato de cannabis até liberar seus princípios ativos sem combustão. O vapor é inalado e rapidamente absorvido pelos pulmões, alcançando a corrente sanguínea quase de forma imediata.
Os efeitos aparecem em poucos minutos e têm duração média de uma a três horas, proporcionando alívio rápido, embora mais breve. É uma via especialmente indicada para uso pontual e controlado, como em episódios de dor intensa, náuseas ou espasmos musculares.
4. Via Tópica e Transdérmica
Os canabinoides também podem ser administrados pela pele. Na via tópica, atuam localmente, sendo aplicados sobre áreas específicas para aliviar inflamações, dores e doenças dermatológicas — como psoríase e dermatite atópica —, em que o sistema endocanabinoide exerce papel regulador importante.
Já a via transdérmica busca a absorção sistêmica, atingindo a circulação sanguínea e promovendo efeito terapêutico prolongado. É uma alternativa interessante quando outras vias não são adequadas, oferecendo conforto e liberação controlada da substância.
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