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22/07/2025
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8 min de leitura
CBDCBDTHCTHC

Saúde cerebral: Estratégias naturais e o potencial da Cannabis Medicinal

A cognição e a memória são pilares essenciais do funcionamento mental e influenciam diretamente nossa forma de perceber, interpretar e interagir com o mundo. No entanto, ao longo da vida, diversos fatores podem comprometer essas funções, afetando a autonomia, o desempenho intelectual e a qualidade de vida.

Nos últimos anos, a cannabis medicinal tem se destacado como uma possível aliada na proteção da saúde cerebral e na promoção do equilíbrio cognitivo, especialmente em contextos de envelhecimento e condições clínicas específicas.

Antes de explorarmos os fatores que afetam essas funções e as intervenções terapêuticas disponíveis, é importante entender o que são cognição e memória — e de que forma elas moldam nossa capacidade de pensar, lembrar, decidir e agir no dia a dia.

Médico segurando um tablet com imagem de cérebro, representando saúde cognitiva e uso de cannabis medicinal.
  • Cognição e memória são essenciais para aprender, lembrar, pensar e tomar decisões. Envolvem funções como atenção, linguagem, percepção e raciocínio, moldando como interagimos com o mundo e garantem autonomia e adaptação.
  • Envelhecimento, estresse, sono ruim, depressão, doenças neurodegenerativas, má alimentação, sedentarismo e uso de substâncias prejudicam a cognição e a memória, impactando o desempenho mental e a qualidade de vida.
  • O CBD possui propriedades neuroprotetoras, ansiolíticas, antidepressivas e reguladoras do sono. Atua reduzindo estresse, ansiedade, inflamação e contribuindo para a neuroplasticidade, foco, sono e memória emocional.
  • Práticas como exercícios físicos, alimentação saudável, sono de qualidade, atividades mentais, socialização e suporte psicológico ajudam a fortalecer o cérebro. A cannabis medicinal pode ser um recurso terapêutico complementar.

O que é cognição ?

Cognição é a capacidade do cérebro de processar informações por meio de diversas funções mentais. Ela envolve:

  • Aprender: adquirir novos conhecimentos e habilidades;
  • Lembrar: armazenar e recuperar informações previamente aprendidas;
  • Pensar: interpretar, refletir e analisar dados do ambiente;
  • Resolver problemas e tomar decisões: utilizar o conhecimento de forma prática em situações reais.

Essas funções incluem atenção, percepção, linguagem, memória, raciocínio e planejamento. Ela permite que o indivíduo compreenda o mundo ao seu redor, se adapte a ele e aja de maneira eficaz.

Qual é a definição de memória?

A memória pode ser definida como a capacidade do cérebro de registrar, armazenar, manter e recuperar informações adquiridas por meio de experiências, aprendizados e percepções sensoriais.

Ela é essencial para todas as atividades cognitivas, como aprender, tomar decisões, resolver problemas e se orientar no tempo e no espaço.

Principais tipos de memória:

  • Memória sensorial: armazena informações por poucos segundos logo após serem captadas pelos sentidos (como imagens ou sons);
  • Memória de curto prazo (ou memória de trabalho): mantém uma quantidade limitada de informações por um tempo breve, enquanto são usadas em uma tarefa (ex.: lembrar um número de telefone por alguns segundos);
  • Memória de longo prazo: armazena informações por períodos prolongados — dias, anos ou até por toda a vida. Inclui:

A cognição e a memória são processos complexos e interdependentes que podem ser influenciados por uma variedade de fatores ao longo da vida. Esses fatores podem ser físicos, emocionais, comportamentais e ambientais, contribuindo positiva ou negativamente para a saúde cerebral.

Fatores que afetam a cognição e a memória ao longo do tempo

Com o passar dos anos, é natural que ocorra uma redução da eficiência da memória, especialmente nas fases iniciais do envelhecimento. Quando essa diminuição não compromete significativamente a autonomia do indivíduo, é considerada parte do envelhecimento normal, sendo classificada como déficit de memória leve. Abaixo, destacamos os principais:

1. Envelhecimento

O envelhecimento natural provoca mudanças estruturais e funcionais no cérebro. Regiões como o hipocampo — essencial para a consolidação da memória — podem sofrer encolhimento, dificultando a formação de novas memórias.

2. Estresse crônico e ansiedade

A exposição prolongada ao estresse eleva os níveis de cortisol, hormônio que, em excesso, pode causar danos às células nervosas, especialmente no hipocampo. Isso compromete a memória recente, a concentração e a capacidade de aprendizagem. A ansiedade também interfere no foco e na fixação de informações.

3. Sono insuficiente

O sono é fundamental para a recuperação das funções cognitivas e para a consolidação da memória. A falta crônica de sono prejudica o raciocínio lógico, a atenção e a retenção de informações. Durante o sono REM, o cérebro reorganiza memórias e consolida aprendizados do dia anterior.

4. Doenças neurodegenerativas

Doenças como Alzheimer, Parkinson e outras demências afetam diretamente a memória e outras funções cognitivas. A morte progressiva dos neurônios e a desregulação de neurotransmissores comprometem habilidades como linguagem, orientação e reconhecimento.

5. Depressão

A depressão pode impactar profundamente a cognição, pois compromete o funcionamento de regiões cerebrais envolvidas no processamento de informações, na regulação das emoções e na memória. Esses prejuízos ocorrem tanto por alterações químicas no cérebro quanto pelos efeitos emocionais prolongados causados pela doença.

É comum que pessoas com depressão apresentam dificuldades de atenção, concentração, memória e motivação. Em alguns casos, esses sintomas cognitivos são tão marcantes que podem ser confundidos com sinais iniciais de demência, especialmente em idosos.

6. Uso de substâncias

O consumo abusivo de álcool, drogas e certos medicamentos pode gerar danos cerebrais, interferir nos neurotransmissores e causar prejuízos significativos à memória e à cognição.

7. Alimentação inadequada

Uma dieta pobre em nutrientes essenciais — como vitaminas do complexo B, ácidos graxos ômega-3 e antioxidantes — pode comprometer a saúde cerebral. Deficiências nutricionais estão associadas à redução da capacidade de aprendizado e à piora da memória.

8. Falta de atividade física  (sedentarismo)

O sedentarismo está relacionado ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de doenças neurodegenerativas. Exercícios físicos regulares melhoram o fluxo sanguíneo cerebral, estimulam a produção de neurotransmissores e favorecem a neuroplasticidade.

9. Condições médicas crônicas

Doenças como diabetes, hipertensão arterial e hipotireoidismo podem afetar o cérebro, prejudicando a oxigenação e a função neuronal. Quando não controladas, essas condições comprometem a cognição de forma significativa.

Esses efeitos comprometem significativamente a autonomia e o desempenho nas atividades do dia a dia, interferindo na vida acadêmica, profissional e nas relações interpessoais — o que afeta diretamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional.

Como a cannabis pode ajudar na cognição e memória

A cannabis medicinal possui dois principais compostos ativos: o tetraidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). Quando se trata de cognição e memória, o CBD se destaca por seus efeitos terapêuticos promissores.

1. Efeito neuroprotetor

O CBD apresenta propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a proteger os neurônios contra danos causados por estresse oxidativo, inflamação crônica e envelhecimento celular — fatores fortemente associados ao declínio cognitivo e à progressão de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Estudos pré-clínicos indicam que o CBD pode reduzir a neuroinflamação e modular proteínas envolvidas na formação de placas beta-amiloides, um dos principais marcadores da doença de Alzheimer.

2. Redução da ansiedade e do estresse crônico

Níveis elevados de estresse e ansiedade afetam diretamente a atenção, a concentração e a memória. O CBD atua no sistema endocanabinoide, modulando a liberação de neurotransmissores como serotonina, GABA e glutamato, promovendo o equilíbrio emocional e melhorando a resposta do organismo ao estresse.

3. Melhora do sono

O sono desempenha um papel essencial na consolidação da memória e no funcionamento cognitivo. O uso da cannabis — especialmente de formulações com CBD isolado ou com uma combinação balanceada de CBD e THC — tem demonstrado benefícios na regulação do ciclo sono-vigília, promovendo um sono mais profundo e restaurador.

4. Ação antidepressiva

A depressão é uma das condições que mais comprometem a cognição, afetando memória, concentração, motivação e tomada de decisões. O CBD tem demonstrado efeitos semelhantes aos dos antidepressivos, estimulando a neurogênese — a formação de novos neurônios — especialmente no hipocampo, região do cérebro relacionada à memória e ao aprendizado.

Estudos sugerem que o CBD pode melhorar o foco, o interesse e a memória, sem causar os efeitos colaterais comuns dos antidepressivos tradicionais.

5. Modulação da memória emocional

Além do CBD, o THC, quando utilizado em doses baixas e controladas, pode auxiliar na reestruturação de memórias traumáticas e na redução do impacto emocional de lembranças negativas — sendo especialmente útil em quadros de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

O CBD, por sua vez, parece atenuar o medo aprendido e interromper a reconsolidação de memórias negativas, contribuindo para a estabilidade emocional e o bem-estar psicológico.

Estratégias de prevenção e estímulo cognitivo

Felizmente, o cérebro humano possui uma notável capacidade de adaptação chamada neuroplasticidade — a habilidade de formar novas conexões neurais ao longo da vida.

Essa característica torna possível preservar e até melhorar a cognição, mesmo diante de fatores adversos, desde que sejam adotadas práticas regulares de cuidado com a saúde mental e física.

A seguir, destacamos estratégias eficazes para estimular a função cognitiva de forma integral:

  • Atividades cognitivas: leitura, quebra-cabeças, jogos de lógica e o aprendizado de novos idiomas ou instrumentos musicais ativam diferentes regiões do cérebro, favorecendo a plasticidade neural.
  • Exercícios físicos regulares: melhoram a circulação sanguínea cerebral, estimulam a produção de neurotransmissores e aumentam a liberação de substâncias neuroprotetoras, como as neurotrofinas.
  • Alimentação balanceada: dietas ricas em antioxidantes, ácidos graxos ômega-3, vitaminas do complexo B e flavonoides ajudam a combater a inflamação e o estresse oxidativo, promovendo a saúde cerebral.
  • Sono de qualidade: fundamental para consolidar memórias e restaurar funções cognitivas. Um sono reparador permite que o cérebro processe e integre informações adquiridas durante o dia.
  • Socialização: manter vínculos sociais ativos estimula a cognição, previne o isolamento e está associado a menor risco de declínio cognitivo, especialmente em idades mais avançadas.
  • Terapias e apoio psicológico: o acompanhamento profissional é essencial para lidar com estresse crônico, ansiedade ou depressão — condições que afetam diretamente a atenção, a memória e a motivação.
  • Cannabis medicinal: quando utilizada sob prescrição e acompanhamento especializado, a cannabis medicinal — especialmente formulações à base de CBD — pode atuar como aliada terapêutica. Seus efeitos ansiolíticos, antidepressivos, neuroprotetores e reguladores do sono a tornam uma opção complementar promissora no cuidado da saúde cognitiva.

Considerações finais

A cognição e a memória são funções mentais em constante transformação, moldadas por fatores genéticos, emocionais, ambientais e comportamentais. Ao longo da vida, essas capacidades podem ser preservadas ou comprometidas, dependendo das escolhas que fazemos e dos cuidados que adotamos com nossa saúde física e mental.

Nesse contexto, a cannabis medicinal surge como uma aliada promissora, oferecendo suporte terapêutico em casos específicos, graças às suas propriedades ansiolíticas, anti-inflamatórias, neuroprotetoras e reguladoras do humor e do sono. Quando utilizada de forma responsável e com acompanhamento profissional, pode complementar outras práticas de promoção da saúde cerebral.

Investir em saúde cognitiva é mais do que preservar a memória: é cultivar autonomia, clareza mental, equilíbrio emocional e qualidade de vida ao longo dos anos. É, acima de tudo, um compromisso com o futuro de si mesmo.

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