- O CBD natural é extraído da planta da cannabis e pode conter outros canabinoides e terpenos. Já o CBD sintético é produzido em laboratório e possui apenas a molécula isolada do canabidiol.
- Apenas o CBD natural, especialmente nas versões full ou broad spectrum, apresenta o efeito entourage, que potencializa os benefícios terapêuticos e pode exigir doses menores.
- O CBD natural tende a ser melhor tolerado pelo organismo, com respostas mais equilibradas. O CBD sintético pode apresentar maior variabilidade na resposta clínica.
- Para a maioria dos pacientes e tratamentos contínuos, o CBD natural é a opção mais indicada. O CBD sintético é mais comum em pesquisas e medicamentos altamente controlados.
Embora ambos compartilhem a mesma estrutura molecular básica, suas formas de produção, composição e interação com o organismo humano apresentam diferenças importantes, que impactam diretamente a eficácia e a segurança do uso. Entender essas distinções é fundamental para uma escolha consciente.
O que é o CBD?
O canabidiol é um dos mais de 100 canabinoides identificados na planta Cannabis sativa. Diferentemente do THC, o CBD não possui efeito psicoativo, o que significa que não provoca alterações cognitivas ou sensação de euforia.
Sua atuação está relacionada ao sistema endocanabinoide, responsável por regular funções como dor, humor, sono, inflamação e resposta imunológica. Por isso, o CBD vem sendo estudado e utilizado como apoio terapêutico em diversas condições clínicas.
CBD natural: origem vegetal e ação mais completa
O CBD natural é extraído diretamente da planta da cannabis, geralmente a partir do cânhamo industrial, variedade cultivada com baixos níveis de THC. Após o cultivo, o canabidiol passa por processos de extração que preservam os compostos naturais da planta.

Dependendo do método e do grau de refino, o CBD natural pode ser encontrado em três principais formatos:
- Full spectrum, que mantém outros canabinoides, terpenos e flavonoides, além de traços de THC dentro do limite legal
- Broad spectrum, semelhante ao full spectrum, mas sem THC
- CBD isolado de origem natural, que contém apenas o canabidiol, mas ainda é extraído da planta
Mesmo no caso do isolado, o CBD natural tende a apresentar melhor aceitação pelo organismo por sua origem vegetal.
CBD sintético: produção em laboratório
O CBD sintético é produzido inteiramente em laboratório por meio de processos químicos que recriam artificialmente a molécula do canabidiol. Nesse caso, não há extração da planta nem presença de outros compostos naturais da cannabis.

Esse tipo de CBD é mais comum em ambientes farmacêuticos e científicos, sendo utilizado principalmente em:
- Pesquisas clínicas controladas
- Desenvolvimento de medicamentos específicos
- Formulações que exigem padronização extrema da molécula
Apesar de quimicamente semelhante ao CBD isolado natural, o CBD sintético não oferece a complexidade química presente nos extratos vegetais.
Principais diferenças entre CBD sintético e CBD natural
A diferença entre os dois tipos de CBD vai além da origem. Ela se reflete diretamente na forma como o organismo responde ao tratamento.
Uma das distinções mais relevantes está na composição. O CBD natural, especialmente nas versões full ou broad spectrum, contém outros compostos da cannabis que atuam em conjunto. Já o CBD sintético é uma molécula única e isolada.
Outro ponto fundamental é o chamado efeito entourage, que ocorre quando canabinoides, terpenos e flavonoides interagem entre si, potencializando os efeitos terapêuticos. Esse efeito está presente apenas no CBD natural, não sendo observado no CBD sintético.
Além disso, há diferenças importantes em relação à resposta clínica, como:
- O CBD natural costuma apresentar maior eficácia em doses menores
- O CBD sintético pode exigir doses mais altas para alcançar efeitos semelhantes
- A resposta ao CBD natural tende a ser mais equilibrada e previsível
Essas diferenças são frequentemente observadas na prática clínica.
Segurança e tolerabilidade
Quando produzido com qualidade e acompanhado de laudos laboratoriais, o CBD natural costuma ser bem tolerado, com poucos efeitos colaterais. Sua interação com o sistema endocanabinoide ocorre de forma mais harmônica, justamente por sua semelhança com compostos naturais reconhecidos pelo organismo.
O CBD sintético, embora considerado seguro em contextos específicos, pode gerar respostas mais variáveis, especialmente em tratamentos prolongados. A ausência de outros compostos moduladores pode influenciar essa tolerabilidade.
Regulamentação e uso no Brasil
No Brasil, a Anvisa permite a importação e prescrição de produtos à base de cannabis para uso medicinal. A grande maioria dos produtos autorizados utiliza CBD de origem natural, principalmente por sua maior aceitação clínica e melhor resposta terapêutica observada em pacientes.
O CBD sintético aparece com menos frequência no mercado brasileiro, sendo mais comum em medicamentos específicos e pesquisas farmacêuticas.
Qual CBD escolher?
De forma geral, o CBD natural é a escolha mais indicada para a maioria dos pacientes, especialmente em tratamentos contínuos e voltados ao bem-estar e à qualidade de vida. Sua composição mais completa e a presença do efeito entourage fazem diferença nos resultados.

O CBD sintético pode ser útil em contextos específicos, como pesquisas científicas ou medicamentos altamente padronizados, mas não costuma ser a primeira opção para uso terapêutico cotidiano.
Considerações finais
Embora CBD sintético e CBD natural compartilhem a mesma base molecular, suas diferenças são significativas. O CBD natural oferece uma experiência terapêutica mais completa, com melhor interação com o organismo, maior eficácia clínica e melhor tolerabilidade.
Por isso, ao optar por um produto à base de CBD, é essencial avaliar a origem, a composição, os laudos laboratoriais e contar com orientação médica especializada. Informação de qualidade é o primeiro passo para um uso seguro e consciente.



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