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13/04/2025
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6 min de leitura
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Entenda as diferenças entre cannabis indica, sativa e híbrida para uso terapêutico

A Cannabis é um gênero de plantas amplamente estudado devido às suas propriedades terapêuticas. Entre suas principais variedades estão a Cannabis sativa, a Cannabis indica e as versões híbridas, cada uma com características distintas em composição química, efeitos no organismo, cultivo e aplicação medicinal. Enquanto a Sativa é conhecida por seus efeitos estimulantes e energizantes, a Indica se destaca pelo relaxamento e propriedades sedativas. Já as cepas híbridas combinam características de ambas, permitindo uma personalização dos efeitos. Neste artigo, exploramos as diferenças entre essas variedades, analisando seus impactos, benefícios e aspectos botânicos para um melhor entendimento do seu uso.

Dois pesquisadores em um laboratório de cultivo de cannabis, avaliando amostras da planta.
  • A Cannabis Indica apresenta plantas mais baixas e robustas com folhas largas, ideal para cultivo indoor e colheitas rápidas devido ao seu ciclo de floração mais curto.
  • A Cannabis Sativa se caracteriza por plantas altas com folhas finas, sendo mais indicada para cultivo outdoor, com ciclo de floração prolongado e maior desenvolvimento vertical.
  • As indica tendem a ter uma proporção equilibrada entre CBD e THC, proporcionando efeitos relaxantes e sedativos, enquanto as sativas costumam ter níveis mais altos de THC, promovendo efeitos energizantes e estimulantes.
  • O cultivo de indica permite um manejo mais fácil em ambientes limitados, enquanto a sativa exige mais espaço e cuidados especiais com iluminação e nutrientes para seu crescimento pleno.
  • Os híbridos resultantes do cruzamento entre indica e sativa combinam características de ambas, oferecendo uma variedade de perfis de efeitos e adaptações a diferentes ambientes de cultivo.

A Cannabis é um gênero de plantas que compreende diversas variedades, entre as quais se destacam a Cannabis sativa e a Cannabis indica.

Embora ambas pertençam ao mesmo gênero, elas exibem diferenças marcantes em características botânicas, origens, perfis químicos e efeitos sobre o organismo, o que as torna únicas em termos de aplicação e uso.

Composição química: Indica vs. Sativa

As diferenças entre Cannabis indica e Cannabis sativa também podem ser percebidas no perfil de seus principais canabinoides, especialmente o THC (tetra-hidrocanabinol) e o CBD (canabidiol).

Cannabis sativa

  • Níveis de THC: Tradicionalmente, apresentam concentrações mais elevadas de THC, principal composto psicoativo responsável por efeitos estimulantes, eufóricos e potencialmente terapêuticos em quadros de depressão e fadiga crônica.
  • Proporção CBD/THC: Geralmente mais baixa em CBD, resultando em efeitos mais energizantes.

Cannabis indica

  • Níveis de CBD: Tende a possuir maior teor de CBD, um canabinoide não psicoativo com propriedades relaxantes, ansiolíticas e analgésicas.
  • Proporção CBD/THC: Tradicionalmente mais equilibrada ou até com predominância de CBD em relação ao THC, o que gera efeitos mais suaves em termos de psicoatividade.

Revisão científica atual

Atualmente, graças ao cruzamento de diversas variedades, surgiram inúmeras cepas híbridas que reúnem características tanto de sativas quanto de indicas. Por esse motivo, a simples classificação “sativa vs. indica” frequentemente não abrange toda a complexidade química de cada planta. Para fins medicinais, por exemplo, recomenda-se analisar o conteúdo específico de canabinoides e terpenos, em vez de se basear apenas na classificação botânica.

Segundo o artigo “What’s the difference between indica and sativa?”, embora a distinção entre essas duas variedades tenha sido amplamente aceita no passado, as evidências científicas atuais mostram que essa categorização é simplista, não refletindo totalmente a diversidade química nem os diferentes efeitos das inúmeras cepas de cannabis.

Diferenças em relação ao cultivo: Indica vs. Sativa

Cannabis indica

  • Ambiente: Costuma ser cultivada em espaços internos (indoor) por ter porte menor e mais robusto.
  • Ciclo de vida: Mais curto (5 a 7 meses), possibilitando colheitas rápidas.
  • Crescimento: Ramos densos, ótimo manejo em ambientes controlados, alta produção de resina.

Cannabis sativa

  • Ambiente: Geralmente cultivada ao ar livre (outdoor) devido ao porte alto e esguio.
  • Ciclo de vida: Mais longo, podendo passar de 7 meses, demandando clima quente/tropical.
  • Crescimento: Necessita de maior espaço e cuidados extras (iluminação, nutrientes), mas sua estrutura menos densa facilita a ventilação e diminui riscos de pragas.

Características físicas: Indica vs. Sativa

Cannabis indica: caracterizada por plantas baixas e robustas com folhas largas de tom verde-escuro, possui estrutura compacta, ideal para cultivo em espaços menores ou ambientes internos. Seu crescimento denso e ramificado, aliado às flores mais pesadas e à alta concentração de tricomas, favorece a produção de resina. O ciclo de floração, que dura de 6 a 8 semanas, torna essa variedade uma escolha popular para quem busca colheitas rápidas ou vive em regiões de crescimento limitado.

Cannabis sativa: caracterizada por plantas mais altas, com folhas finas e verde-claro, sua estrutura vertical é mais adequada ao cultivo ao ar livre, onde há espaço para se desenvolver. As flores tendem a ser mais leves, menos densas e com tricomas distribuídos de forma mais uniforme. O ciclo de floração, que varia de 10 a 16 semanas, exige clima e iluminação adequados, além de paciência, sobretudo por seu período vegetativo prolongado. Para atingir o pleno potencial, a sativa prefere regiões quentes e tropicais.

Diferença entre indica e sativa: efeito terapêutico

1. Efeitos da Cannabis indica

  • Relaxamento e sedação: as indicas costumam ser associadas a um “efeito corporal”, ajudando a aliviar tensão muscular e promovendo uma sensação de tranquilidade, o que as torna úteis no combate à insônia.
  • Alívio de dores crônicas: muitas pessoas relatam melhora significativa em quadros de dor, como dores musculares e articulares.
  • Redução de ansiedade e estresse: a sensação de relaxamento pode contribuir para amenizar sintomas de estresse e ansiedade.

Por conta de suas propriedades sedativas, as variedades indica são frequentemente recomendadas para uso noturno, ajudando na indução do sono e no alívio de desconfortos que se intensificam ao final do dia.

2. Efeitos da Cannabis sativa

  • Estimulação e energia: as sativas são conhecidas por produzir um “efeito cerebral” mais energético, que pode favorecer a criatividade e a disposição.
  • Foco e clareza mental: muitas pessoas utilizam sativas para melhorar concentração, o que pode beneficiar quem sofre de TDAH ou fadiga.
  • Possível auxílio em depressão: o aumento de energia e motivação pode ajudar em quadros depressivos, embora cada caso seja único.

Por essas características, as variedades sativa tendem a ser usadas durante o dia, justamente para estimular o ânimo e a produtividade, em vez de causar sonolência.

Outros fatores que influenciam no efeito terapêutico:

  • Canabinoides (THC, CBD e outros): a proporção entre THC e CBD, além da presença de outros canabinoides (CBN, CBC etc.), é um grande determinante dos efeitos. Por exemplo, cepas com maior teor de CBD costumam ter efeitos mais suaves em termos de “barato” e mais eficazes para alguns tipos de dor e ansiedade.
  • Terpenos: compostos aromáticos, como mirceno, limoneno e pineno, também influenciam no perfil terapêutico e no tipo de efeito (sedativo, estimulante etc.).
  • Reação individual: cada organismo reage de forma diferente conforme o metabolismo e a sensibilidade aos canabinoides. O que funciona bem para uma pessoa pode não funcionar para outra.

O que são cannabis híbridas?

As cannabis híbridas surgem a partir do cruzamento intencional de variedades indica e sativa, combinando as melhores características de cada uma. Dessa forma, podem apresentar ampla variação nos teores de THC e CBD, além de perfis de terpenos diversos, o que resulta em efeitos e aplicações médicas bastante diferentes.

Algumas híbridas têm efeitos mais relaxantes, aproximando-se das indicas, enquanto outras podem estimular criatividade e foco, lembrando mais as sativas. Essas linhagens são populares por permitir a seleção de atributos específicos — como alta produção de resina, aromas diferenciados ou maior resistência a pragas —, unindo o melhor de cada tipo de planta.

Qual a diferença entre cannabis híbridas e autopolinizada?

  • Cannabis híbrida: Refere-se ao cruzamento genético entre variedades de Cannabis indica e Cannabis sativa, resultando em plantas que podem apresentar características intermediárias de ambas (por exemplo, altura média, ciclo de floração moderado, efeitos e perfis de canabinoides balanceados).

  • Cannabis autopolinizada: A expressão “autopolinizada” geralmente se relaciona à prática de “feminização” de sementes. Nesse processo, uma planta fêmea é induzida a produzir pólen (por métodos como aplicação de prata coloidal ou outras substâncias), que depois fecunda as flores femininas da mesma planta ou de outra fêmea, gerando sementes com grande probabilidade de serem também fêmeas (feminized seeds).

“Autopolinizada” não deve ser confundida com “auto-florescente”. As sementes auto-florescentes são criadas a partir de cruzamentos entre variedades de cannabis (indica ou sativa) com a cannabis ruderalis, espécie que desenvolveu a capacidade de florescer independentemente do regime de luz.

Contudo, ao explorar as variedades Indica, Sativa e Híbrida, é importante lembrar que essas classificações funcionam apenas como um guia geral. O efeito real de cada cepa depende de uma combinação única de canabinoides, terpenos e da resposta individual de cada pessoa.

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