O que é Cannabis Medicinal?
A cannabis medicinal é obtida da planta Cannabis sativa ou Cannabis indica, e contém compostos chamados canabinoides, como o THC (Tetrahidrocanabinol) e o CBD (Canabidiol).
- THC: apresenta efeito psicoativo e propriedades analgésicas, antieméticas e estimulantes de apetite.
- CBD: não é psicoativo e possui propriedades ansiolíticas, anti-inflamatórias e anticonvulsivantes.
Cada composto tem aplicações terapêuticas distintas, e a proporção entre eles é determinada de acordo com a necessidade clínica do paciente.
- A cannabis medicinal contém canabinoides como THC e CBD, cada um com efeitos e aplicações terapêuticas específicas.
- A indicação deve ser individualizada, com prescrição médica, ajuste gradual da dose e escolha adequada da forma de administração.
- Possíveis efeitos adversos incluem sonolência, tontura e boca seca, sendo prevenidos por acompanhamento médico e uso responsável.
- É essencial atenção às interações medicamentosas e restrições para grupos de risco, garantindo tratamento seguro e eficaz.
Indicações e uso responsável
Os benefícios da cannabis medicinal já foram observados em diferentes contextos clínicos, incluindo dores crônicas de difícil controle, sintomas de esclerose múltipla, crises epilépticas resistentes a medicamentos tradicionais, náuseas associadas à quimioterapia e distúrbios do sono.
No entanto, a indicação deve ser feita individualmente, levando em conta o histórico médico, o uso concomitante de outros fármacos e o perfil fisiológico do paciente. Isso significa que um tratamento eficaz para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra, reforçando a importância da personalização.
Cuidados fundamentais para um uso seguro
A segurança no uso da cannabis medicinal depende de fatores que vão muito além da simples prescrição. Um dos mais importantes é o acompanhamento médico contínuo, que permite ajustes graduais na dosagem, identificação precoce de possíveis efeitos adversos e verificação da eficácia do tratamento. Outro ponto crucial é a escolha da forma de administração. Óleos sublinguais, cápsulas e sprays orais tendem a oferecer maior previsibilidade na absorção, enquanto o uso por inalação deve ser cuidadosamente avaliado devido aos riscos respiratórios.
A dosagem, por sua vez, deve ser cuidadosamente adaptada. Na prática clínica, é comum adotar a estratégia “comece com pouco e aumente devagar”, permitindo que o corpo se adapte e minimize o risco de reações indesejadas. Esse cuidado é especialmente importante quando o tratamento envolve concentrações significativas de THC, mais propenso a provocar efeitos psicoativos.
Possíveis efeitos e como preveni-los
Embora a cannabis medicinal seja considerada segura e bem tolerada, é possível que ocorram efeitos adversos, sobretudo nos estágios iniciais de uso ou quando a dose não está adequada, os mais comuns são:
- Sonolência
- Tontura
- Boca seca
- Alterações de apetite
A prevenção desses sintomas está diretamente ligada ao ajuste gradual da dose, à escolha correta da formulação e ao respeito às orientações médicas, incluindo a recomendação de evitar atividades que exijam atenção, como dirigir, até entender como o organismo reage.
Interações medicamentosas e grupos de atenção
Além dos possíveis efeitos, a cannabis medicinal pode interagir com diversos medicamentos, potencializando ou reduzindo seus efeitos. Isso ocorre porque os canabinoides podem influenciar o metabolismo de substâncias no fígado, alterando sua concentração no sangue. Medicamentos como anticoagulantes, anticonvulsivantes e antidepressivos requerem atenção especial nesse contexto. Além disso, existem grupos para os quais o uso deve ser ainda mais cauteloso ou evitado, como gestantes, lactantes, adolescentes e pessoas com histórico de transtornos psicóticos.
Ainda existem muitos mitos em torno da cannabis medicinal, como a crença de que ela é idêntica ao uso recreativo ou de que está livre de qualquer risco. Na realidade, produtos medicinais passam por rigorosos controles de qualidade, possuem composição definida e são prescritos de forma direcionada para determinadas condições. Reconhecer essas diferenças é essencial para que o paciente use o tratamento de maneira consciente, sabendo exatamente o que esperar e como agir diante de qualquer efeito inesperado.
Armazenamento adequado dos produtos
O armazenamento correto da cannabis medicinal é um fator essencial para preservar sua eficácia terapêutica e garantir a segurança do paciente. Os compostos ativos, como o THC e o CBD, podem sofrer degradação quando expostos a calor excessivo, luz direta ou umidade, comprometendo seus efeitos e estabilidade. Por isso, recomenda-se manter os produtos em local fresco, seco, protegido da luz e fora do alcance de crianças e animais de estimação.
No caso de óleos e extratos, o ideal é armazená-los em frascos originais, hermeticamente fechados e, sempre que indicado pelo fabricante, sob refrigeração. Cápsulas e sprays orais também devem permanecer em suas embalagens originais, que oferecem barreira contra luz e oxigênio. Além disso, é importante observar a data de validade e descartar qualquer produto com odor, sabor ou aparência alterados.
Outro cuidado indispensável é evitar transferir o conteúdo para recipientes não identificados, pois isso pode gerar confusão no uso e risco de administração incorreta. Seguir as orientações de armazenamento contidas no rótulo ou bula não só mantém a integridade do medicamento, mas também garante que o paciente receba sempre a dose exata e os benefícios esperados do tratamento.
Considerações finais
A cannabis medicinal representa uma importante ferramenta terapêutica, capaz de oferecer qualidade de vida a pacientes que não encontram resposta satisfatória em outros tratamentos. No entanto, seu uso exige compromisso com a segurança, adesão às orientações médicas e compreensão de que cada organismo reage de forma diferente. Com informação de qualidade, regulamentação adequada e acompanhamento profissional, é possível aproveitar todo o potencial da cannabis medicinal, reduzindo riscos e garantindo resultados consistentes.



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