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18/04/2025
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Cannabis Medicinal: Como funciona, principais compostos e possíveis efeitos colaterais

A cannabis medicinal tem ganhado destaque por seus benefícios no tratamento de diversas condições de saúde. No entanto, como qualquer substância com ação terapêutica, seu uso pode provocar efeitos colaterais que variam conforme o tipo de canabinoide, a dose, forma de uso e o perfil individual do paciente. Neste artigo, você vai entender como a cannabis age no organismo e os principais efeitos adversos associados a cada um deles.

Pesquisador com jaleco e luvas examinando detalhadamente uma planta de cannabis com uma lupa, destacando o processo científico por trás do uso medicinal da cannabis.
  • Os dois canabinoides mais estudados são o CBD, que não possui efeitos psicoativos e apresenta propriedades ansiolíticas, anti-inflamatórias e analgésicas, e o THC, que tem efeito psicoativo, mas também atua como analgésico, antiemético e estimulante de apetite.
  • Os efeitos colaterais variam conforme o tipo de canabinoide, a dose, a forma de uso, a sensibilidade individual do paciente e possíveis interações medicamentosas.
  • O CBD é geralmente bem tolerado, mas pode provocar fadiga, alterações gastrointestinais, mudanças no apetite e boca seca, além de interagir com medicamentos metabolizados pelo fígado.
  • A informação adequada e o monitoramento contínuo são fundamentais para que os benefícios superem os riscos, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes.

Embora a cannabis medicinal venha demonstrando importantes benefícios terapêuticos em diversas condições clínicas, seu uso pode, em alguns casos, causar efeitos colaterais.

Esses efeitos variam de acordo com diferentes fatores, como o tipo de canabinoide utilizado (CBD, THC ou a combinação de ambos), a dose administrada, a forma de uso, a sensibilidade individual do paciente e possíveis interações com outros medicamentos.

Por isso, antes de iniciar qualquer tratamento, é fundamental compreender como a cannabis atua no organismo, quais são seus principais compostos terapêuticos e de que forma esses elementos podem afetar cada pessoa de maneira distinta.

A informação adequada, aliada ao acompanhamento médico, é essencial para garantir a segurança e a eficácia no uso da cannabis medicinal.

O que é cannabis medicinal?

A cannabis medicinal refere-se ao uso terapêutico da planta Cannabis sativa — ou de seus compostos ativos — para tratar sintomas e doenças específicas, sempre sob orientação e prescrição médica. Trata-se de uma abordagem complementar ou alternativa aos tratamentos convencionais, especialmente em casos onde os medicamentos tradicionais não surtiram os efeitos desejados ou causaram efeitos adversos significativos.

A planta contém centenas de compostos químicos, Eles são produzidos em maior concentração nas glândulas de resina chamadas tricomas, localizadas principalmente nas flores da planta. Mais de 100 tipos diferentes de canabinoides já foram identificados na cannabis, e cada um pode interagir com o corpo de forma distinta através do sistema endocanabinoide.

Canabinoides para uso terapêutico

Sendo os principais o CBD (canabidiol), que não é psicoativo e é usado no tratamento de ansiedade, epilepsia, dor crônica e inflamações, e o THC (tetrahidrocanabinol), que é eficaz no alívio de dores intensas, náuseas, insônia e falta de apetite. Outros canabinoides como CBG, CBN e CBC também apresentam propriedades medicinais promissoras, embora ainda estejam em fase inicial de pesquisa. A combinação entre canabinoides e outros compostos da planta, como os terpenos, pode potencializar seus efeitos, em um fenômeno chamado efeito entourage. Porém dois deles se destacam por suas propriedades medicinais mais bem estudadas:

  • CBD (canabidiol): é um composto não psicoativo, ou seja, não altera a percepção ou o estado mental. É conhecido por suas propriedades ansiolíticas, anti-inflamatórias, analgésicas e neuroprotetoras, sendo utilizado no tratamento de condições como ansiedade, epilepsia, dor crônica, inflamações e distúrbios neurológicos.
  • THC (tetraidrocanabinol): é o principal responsável pelos efeitos psicoativos da planta. No entanto, quando utilizado em doses controladas e sob supervisão médica, pode ter importante ação analgésica, antiemética (contra náuseas e vômitos), relaxante muscular e estimulante de apetite — especialmente útil em tratamentos paliativos, como em pacientes com câncer ou HIV.

A escolha entre CBD, THC ou a combinação de ambos depende da condição clínica, das necessidades individuais do paciente e da resposta ao tratamento. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para garantir segurança, eficácia e personalização da terapia com cannabis medicinal.

Quais são os efeitos colaterais da cannabis medicinal?

O uso terapêutico da cannabis pode trazer benefícios importantes para diversos quadros clínicos. No entanto, como qualquer substância ativa, também pode causar efeitos colaterais — que variam conforme o tipo de canabinoide utilizado (THC, CBD ou ambos), a dose, a forma de consumo, a sensibilidade individual do paciente e possíveis interações com outros medicamentos.

A seguir, apresentamos os principais efeitos adversos relacionados aos dois compostos mais comuns da planta:

1.Efeitos colaterais do THC (tetraidrocanabinol).

O THC é o principal composto psicoativo da cannabis, responsável por alterar a percepção, o humor e o estado mental. Seu uso pode causar os seguintes efeitos:

  • Sonolência ou sedação
  • Tontura ou sensação de vertigem
  • Alterações na memória de curto prazo
  • Mudanças de humor (euforia ou ansiedade)
  • Confusão mental
  • Boca seca
  • Aumento do apetite
  • Taquicardia leve
  • Queda da pressão arterial (hipotensão)

Em doses elevadas ou em pessoas mais sensíveis, o THC também pode desencadear episódios de ansiedade intensa, paranoia ou até manifestações psicóticas transitórias, especialmente em indivíduos com predisposição a transtornos psiquiátricos.

2.Efeitos colaterais do canabidiol (CBD)

O CBD, por sua vez, não possui efeitos psicoativos e é geralmente bem tolerado. Ainda assim, algumas reações adversas podem ocorrer, tais como:

  • Fadiga ou sonolência
  • Alterações gastrointestinais (como diarreia ou náuseas)
  • Mudanças no apetite (tanto aumento quanto redução)
  • Boca seca

Vale lembrar que o CBD também pode interagir com medicamentos metabolizados pelo fígado, o que exige acompanhamento médico para garantir segurança no tratamento.

Considerações finais

A cannabis medicinal apresenta uma alternativa terapêutica promissora para diversos quadros clínicos, especialmente quando os tratamentos convencionais não se mostram eficazes ou causam efeitos adversos relevantes. No entanto, como qualquer intervenção com potencial farmacológico, seu uso exige cautela, informação adequada e acompanhamento profissional.

Os efeitos colaterais, embora nem sempre presentes, podem variar amplamente conforme o tipo de canabinoide utilizado, a dose, a via de administração, o perfil do paciente e eventuais interações com outros medicamentos. Enquanto o THC pode causar alterações cognitivas e emocionais, o CBD tende a ser mais bem tolerado, mas também pode provocar reações adversas e interações medicamentosas.

Por isso, o uso da cannabis medicinal deve ser sempre personalizado, levando em consideração a condição clínica, o histórico de saúde do paciente e o monitoramento contínuo da resposta ao tratamento. A orientação de profissionais de saúde capacitados é indispensável para garantir que os benefícios superem os riscos, promovendo bem-estar, segurança e qualidade de vida.

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