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28/03/2025
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CBDCBD

Prescrição de CBD no Brasil: Requisitos, receitas e normas da Anvisa

Este artigo aborda as regulamentações para a prescrição de produtos à base de canabidiol (CBD) no Brasil, detalhando a atuação da Anvisa e os diferentes tipos de receitas médicas exigidas, dependendo da concentração de THC. Explicamos também as formas de aquisição desses produtos, seja por farmácias ou via importação.

Na imagem, há duas embalagens de óleo de CBD com conta-gotas, um estetoscópio, óculos e um formulário de prescrição médica, dispostos sobre uma superfície clara.
  • A prescrição de produtos à base de canabidiol (CBD) é regulamentada pela Anvisa com base na RDC nº 327/2019, garantindo o uso seguro e controlado para fins medicinais.
  • A concentração de THC é o critério determinante na escolha do tipo de receita: produtos com menos de 0,2% de THC utilizam a receita de controle especial (duas vias), enquanto concentrações superiores exigem a Receita Tipo A.
  • A indicação do CBD é feita após avaliação clínica detalhada, assegurando que o tratamento seja baseado em evidências científicas e no quadro do paciente.
  • O CBD tem aplicações terapêuticas comprovadas para condições como distúrbios neurológicos, transtornos psiquiátricos e controle da dor em doenças crônicas.
  • A aquisição do CBD pode ser realizada em farmácias autorizadas ou por importação direta, mediante a apresentação da receita e o cumprimento dos requisitos legais.

A prescrição de produtos à base de canabidiol (CBD) no Brasil segue normas rigorosas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 327/2019 regulamenta a fabricação, importação e comercialização desses produtos para fins medicinais.

Dentro desta resolução, o teor de THC — especialmente o limite de 0,2% — é um fator determinante para o tipo de prescrição exigida e para as condições médicas em que o tratamento pode ser indicado.

Como funciona o processo de prescrição de CBD no Brasil

Em primeiro lugar, cabe ao médico avaliar o quadro clínico do paciente e indicar o tratamento com base em evidências científicas e na resposta terapêutica esperada.

Na sequência, o profissional deve emitir uma receita controlada, cujo tipo varia conforme a concentração de THC (tetra-hidrocanabinol) presente no produto. Esse composto da Cannabis possui efeitos psicotrópicos, o que justifica a necessidade de um controle mais rigoroso.

Após a emissão da receita, o medicamento pode ser adquirido em farmácias autorizadas pela Anvisa ou por meio de importação direta, desde que sejam cumpridos os requisitos legais e apresentados os documentos necessários, como laudo médico e prescrição.

Assim, a regulamentação garante tanto o acesso ao tratamento quanto a supervisão adequada do uso do canabidiol.

Indicações médicas reconhecidas para o uso do CBD

O uso do CBD tem sido estudado para várias condições médicas, sendo mais comumente prescrito para:

  • Epilepsia Refratária (como Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut)
  • Esclerose Múltipla (controle de espasmos e dor neuropática)
  • Doença de Parkinson (redução de tremores e rigidez muscular)
  • Doença de Alzheimer (efeitos neuroprotetores e controle de agitação)

2. Transtornos psiquiátricos e de saúde mental

  • Ansiedade Generalizada e Transtorno do Pânico
  • Transtorno do Espectro Autista (TEA) (redução de hiperatividade, insônia e crises agressivas)
  • Depressão Resistente ao Tratamento
  • Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)

3. Controle da dor e doenças crônicas

  • Fibromialgia

  • Dor Neuropática (associada a diabetes, lesões nervosas, etc.)

  • Artrite e Artrose (efeitos anti-inflamatórios e analgésicos)

  • Dores Oncológicas (auxílio no controle da dor em pacientes com câncer)   4. Outras condições

  • Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia

  • Síndrome do Intestino Irritável e Doença de Crohn

  • Distúrbios do Sono (como insônia crônica)

Qual tipo de receita é utilizada para produtos à base de CBD?

O tipo de receita médica exigida para medicamentos à base de canabidiol (CBD) depende da concentração de THC (tetra-hidrocanabinol) presente no produto. Como o THC possui efeitos psicotrópicos, sua presença em diferentes concentrações determina o nível de controle sobre a prescrição e a dispensação do medicamento.

Em resumo, há duas categorias principais:

  1. Receita de Controle Especial (duas vias)

    • Quando é usada: Para produtos com concentração de THC inferior a 0,2%.
    • Características: A receita deve ser emitida em duas vias — uma para o paciente e outra retida pela farmácia ou pela instituição que realiza a dispensação. Embora seja necessário um maior controle do que os medicamentos comuns, o processo é menos restritivo quando comparado à Receita Tipo A.
  2. Receita Tipo A (Cor Amarela)

    • Quando é usada: Para produtos com concentração de THC superior a 0,2%.
    • Características: Envolve um controle sanitário mais rigoroso, pois o THC em concentrações mais altas é considerado de maior risco psicotrópico. A receita é padronizada, impressa em papel amarelo, e o médico responsável deve justificar a necessidade do tratamento e registrar o histórico do paciente.

Formas de aquisição do produto produtos à base de CBD

Após a prescrição médica, o paciente pode obter o medicamento de duas maneiras:

  1. Importação: Caso o medicamento não esteja disponível no Brasil, é possível importá-lo para uso pessoal mediante autorização prévia da Anvisa, assegurando que você está consumindo um produto confiável e eficaz, além de seguir todas as normativas vigentes para seu uso seguro e responsável. É importante salientar que o produto importado não pode ser comercializado ou repassado a terceiros.

  2. Compra em farmácias e organizações autorizadas: Uma das opções para aquisição de produtos a base de canabidiol (CBD) são farmácias ou organizações autorizadas sendo necessário também acompanhamento e prescrição médica.

O acesso a produtos à base de canabidiol (CBD) no Brasil segue um rigoroso processo regulatório estabelecido pela Anvisa, garantindo que seu uso seja feito de forma segura e controlada.

A necessidade de prescrição médica, aliada à exigência de diferentes tipos de receita conforme a concentração de THC, demonstra a preocupação das autoridades sanitárias com a supervisão do tratamento e a minimização de riscos associados ao uso da Cannabis medicinal.

O crescente volume de pesquisas científicas têm reforçado o potencial terapêutico do CBD para diversas condições médicas, desde distúrbios neurológicos até o manejo da dor crônica e transtornos psiquiátricos. No entanto, seu uso deve sempre ser orientado por um profissional de saúde qualificado, que avalie cuidadosamente os benefícios e as necessidades do paciente.

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