- A prescrição de produtos à base de canabidiol (CBD) é regulamentada pela Anvisa com base na RDC nº 327/2019, garantindo o uso seguro e controlado para fins medicinais.
- A concentração de THC é o critério determinante na escolha do tipo de receita: produtos com menos de 0,2% de THC utilizam a receita de controle especial (duas vias), enquanto concentrações superiores exigem a Receita Tipo A.
- A indicação do CBD é feita após avaliação clínica detalhada, assegurando que o tratamento seja baseado em evidências científicas e no quadro do paciente.
- O CBD tem aplicações terapêuticas comprovadas para condições como distúrbios neurológicos, transtornos psiquiátricos e controle da dor em doenças crônicas.
- A aquisição do CBD pode ser realizada em farmácias autorizadas ou por importação direta, mediante a apresentação da receita e o cumprimento dos requisitos legais.
A prescrição de produtos à base de canabidiol (CBD) no Brasil segue normas rigorosas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 327/2019 regulamenta a fabricação, importação e comercialização desses produtos para fins medicinais.
Dentro desta resolução, o teor de THC — especialmente o limite de 0,2% — é um fator determinante para o tipo de prescrição exigida e para as condições médicas em que o tratamento pode ser indicado.
Como funciona o processo de prescrição de CBD no Brasil
Em primeiro lugar, cabe ao médico avaliar o quadro clínico do paciente e indicar o tratamento com base em evidências científicas e na resposta terapêutica esperada.
Na sequência, o profissional deve emitir uma receita controlada, cujo tipo varia conforme a concentração de THC (tetra-hidrocanabinol) presente no produto. Esse composto da Cannabis possui efeitos psicotrópicos, o que justifica a necessidade de um controle mais rigoroso.
Após a emissão da receita, o medicamento pode ser adquirido em farmácias autorizadas pela Anvisa ou por meio de importação direta, desde que sejam cumpridos os requisitos legais e apresentados os documentos necessários, como laudo médico e prescrição.
Assim, a regulamentação garante tanto o acesso ao tratamento quanto a supervisão adequada do uso do canabidiol.
Indicações médicas reconhecidas para o uso do CBD
O uso do CBD tem sido estudado para várias condições médicas, sendo mais comumente prescrito para:
- Epilepsia Refratária (como Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut)
- Esclerose Múltipla (controle de espasmos e dor neuropática)
- Doença de Parkinson (redução de tremores e rigidez muscular)
- Doença de Alzheimer (efeitos neuroprotetores e controle de agitação)
2. Transtornos psiquiátricos e de saúde mental
- Ansiedade Generalizada e Transtorno do Pânico
- Transtorno do Espectro Autista (TEA) (redução de hiperatividade, insônia e crises agressivas)
- Depressão Resistente ao Tratamento
- Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)
3. Controle da dor e doenças crônicas
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Dor Neuropática (associada a diabetes, lesões nervosas, etc.)
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Artrite e Artrose (efeitos anti-inflamatórios e analgésicos)
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Dores Oncológicas (auxílio no controle da dor em pacientes com câncer) 4. Outras condições
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Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia
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Síndrome do Intestino Irritável e Doença de Crohn
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Distúrbios do Sono (como insônia crônica)
Qual tipo de receita é utilizada para produtos à base de CBD?
O tipo de receita médica exigida para medicamentos à base de canabidiol (CBD) depende da concentração de THC (tetra-hidrocanabinol) presente no produto. Como o THC possui efeitos psicotrópicos, sua presença em diferentes concentrações determina o nível de controle sobre a prescrição e a dispensação do medicamento.
Em resumo, há duas categorias principais:
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Receita de Controle Especial (duas vias)
- Quando é usada: Para produtos com concentração de THC inferior a 0,2%.
- Características: A receita deve ser emitida em duas vias — uma para o paciente e outra retida pela farmácia ou pela instituição que realiza a dispensação. Embora seja necessário um maior controle do que os medicamentos comuns, o processo é menos restritivo quando comparado à Receita Tipo A.
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Receita Tipo A (Cor Amarela)
- Quando é usada: Para produtos com concentração de THC superior a 0,2%.
- Características: Envolve um controle sanitário mais rigoroso, pois o THC em concentrações mais altas é considerado de maior risco psicotrópico. A receita é padronizada, impressa em papel amarelo, e o médico responsável deve justificar a necessidade do tratamento e registrar o histórico do paciente.
Formas de aquisição do produto produtos à base de CBD
Após a prescrição médica, o paciente pode obter o medicamento de duas maneiras:
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Importação: Caso o medicamento não esteja disponível no Brasil, é possível importá-lo para uso pessoal mediante autorização prévia da Anvisa, assegurando que você está consumindo um produto confiável e eficaz, além de seguir todas as normativas vigentes para seu uso seguro e responsável. É importante salientar que o produto importado não pode ser comercializado ou repassado a terceiros.
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Compra em farmácias e organizações autorizadas: Uma das opções para aquisição de produtos a base de canabidiol (CBD) são farmácias ou organizações autorizadas sendo necessário também acompanhamento e prescrição médica.
O acesso a produtos à base de canabidiol (CBD) no Brasil segue um rigoroso processo regulatório estabelecido pela Anvisa, garantindo que seu uso seja feito de forma segura e controlada.
A necessidade de prescrição médica, aliada à exigência de diferentes tipos de receita conforme a concentração de THC, demonstra a preocupação das autoridades sanitárias com a supervisão do tratamento e a minimização de riscos associados ao uso da Cannabis medicinal.
O crescente volume de pesquisas científicas têm reforçado o potencial terapêutico do CBD para diversas condições médicas, desde distúrbios neurológicos até o manejo da dor crônica e transtornos psiquiátricos. No entanto, seu uso deve sempre ser orientado por um profissional de saúde qualificado, que avalie cuidadosamente os benefícios e as necessidades do paciente.



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