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14/08/2025
|
5 min de leitura
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Usos menos conhecidos da Cannabis Medicinal

A cannabis medicinal vem ganhando espaço nas discussões sobre saúde e bem-estar, especialmente após a comprovação científica de seus benefícios no tratamento de condições como dor crônica, epilepsia refratária e náuseas induzidas por quimioterapia. No entanto, para além dos usos já consolidados, existem aplicações terapêuticas menos conhecidas da cannabis que despertam interesse crescente entre médicos e pesquisadores.

Este artigo explora alguns desses usos emergentes, além de abordar como a regulamentação e a pesquisa vêm moldando esse cenário.

Médico explicando a anatomia do cérebro com um modelo didático no consultório.
  • Canabinoides como o CBD auxiliam no tratamento de acne, psoríase e dermatite, e podem melhorar o sono, regulando ciclos e substituindo sedativos mais nocivos.
  • A Cannabis Medicinal pode reduzir tremores, rigidez e neuroinflamação em Alzheimer e Parkinson, além de mostrar potencial no manejo de TOC, transtorno bipolar e dependências químicas.
  • Atua no alívio de dores de endometriose, TPM e menopausa; na oncologia, auxilia no controle de dor, melhora do apetite e bem-estar emocional.

1. Cannabis medicinal e saúde da pele

Embora ainda pouco difundido, o uso da cannabis medicinal para tratar condições dermatológicas tem mostrado resultados promissores. Os canabinoides, especialmente o CBD (canabidiol), possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e reguladoras da produção de sebo, o que pode auxiliar no manejo de:

  • Psoríase: Redução da inflamação e do prurido.
  • Dermatite atópica: Melhora na barreira cutânea e diminuição de crises.
  • Acne: Regulação da oleosidade e ação antimicrobiana.

Estudos indicam que pomadas e óleos tópicos contendo canabinoides podem atuar de forma localizada, evitando efeitos psicoativos.

2. Uso no tratamento de Distúrbios do Sono

A cannabis medicinal, especialmente em formulações ricas em canabinoides como o CBD (canabidiol) e o THC em doses controladas, tem se mostrado uma ferramenta eficaz para o manejo de insônia e outros distúrbios do sono. Pesquisas apontam que o sistema endocanabinoide desempenha papel fundamental na regulação dos ciclos de sono e vigília, e sua modulação pode promover noites mais restauradoras.

  • CBD em baixas doses: Pode promover vigília e foco durante o dia.
  • CBD em doses mais altas: Tem efeito sedativo, ajudando no início e manutenção do sono.
  • THC controlado: Pode auxiliar em casos de apneia do sono, reduzindo episódios de interrupção respiratória.

O diferencial é que, quando bem dosada e acompanhada por profissionais de saúde, a cannabis pode substituir ou reduzir o uso de hipnóticos e benzodiazepínicos, que têm alto potencial de dependência.

3. Cannabis e Doenças Neurodegenerativas

Muitos conhecem o uso da cannabis em epilepsia refratária, mas poucos sabem que ela também pode ser uma aliada em doenças como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

  • No Alzheimer: O CBD pode reduzir a neuroinflamação e promover neuroproteção, ajudando na preservação da memória.
  • No Parkinson: Efeitos positivos na redução de tremores e rigidez muscular.
  • Na ELA: Potencial para aliviar espasmos musculares e melhorar a qualidade de vida.

Pesquisas sugerem que a modulação do sistema endocanabinoide pode ajudar a retardar a progressão dessas doenças.

4. Saúde mental: Além da Ansiedade e Depressão

A maioria das pessoas associa cannabis medicinal ao tratamento de ansiedade ou estresse pós-traumático (TEPT). No entanto, há estudos investigando seu papel em condições menos comuns, como:

  • TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo): Possível redução da intensidade e frequência de pensamentos intrusivos.
  • Transtorno Bipolar: Regulação do humor em fases depressivas (com cuidado para evitar o uso em fases maníacas).
  • Dependência química: CBD como auxiliar na redução de fissura em dependência de nicotina, álcool e até opioides.

Essas aplicações ainda estão em fase de pesquisa, mas mostram potencial como alternativas ou complementos aos tratamentos convencionais.

5. Uso na saúde feminina

A cannabis medicinal também apresenta usos menos conhecidos no cuidado com a saúde feminina, como:

  • Endometriose: Alívio da dor pélvica crônica e melhora na qualidade de vida.
  • TPM e cólicas menstruais: Ação analgésica e relaxante muscular.
  • Menopausa: Controle de sintomas como insônia, ansiedade e ondas de calor.

A modulação do sistema endocanabinoide pode influenciar positivamente o equilíbrio hormonal e a percepção da dor.

6. Apoio no tratamento oncológico além das náuseas

O uso mais conhecido da cannabis na oncologia é reduzir náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia. Mas, pesquisas recentes indicam outros benefícios:

  • Alívio da dor oncológica refratária: Reduzindo a necessidade de opioides.
  • Melhora do apetite: Especialmente em pacientes com câncer avançado.
  • Efeito ansiolítico: Auxiliando no bem-estar emocional durante o tratamento.

Alguns estudos até investigam o potencial antitumoral de certos canabinoides, embora isso ainda não seja consenso clínico.

7. Saúde Gastrointestinal

Poucos conhecem o potencial da cannabis medicinal no manejo de doenças inflamatórias intestinais (DII) como Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa.

  • Redução da inflamação intestinal.
  • Diminuição de dores e cólicas abdominais.
  • Controle da diarreia e melhora do apetite.

Há evidências de que o CBD pode contribuir para períodos mais longos de remissão nessas condições.

8. Cannabis como neuroprotetor em traumatismos

Pesquisas emergentes mostram que o CBD e outros canabinoides podem atuar na proteção neuronal após traumas cranianos ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

  • Redução do edema cerebral.
  • Diminuição da excitotoxicidade (excesso de atividade neuronal prejudicial).
  • Melhora na recuperação funcional.

Esse uso ainda está em fase experimental, mas abre perspectivas para tratamentos pós-trauma mais eficazes.

9. Uso veterinário: Bem-estar animal

Embora o foco aqui seja a saúde humana, vale mencionar que a cannabis medicinal já é utilizada em animais, principalmente cães e gatos, para:

  • Controle de dor crônica.
  • Redução de crises epilépticas.
  • Ansiedade e fobias (como medo de fogos de artifício).

O cuidado é sempre utilizar formulações específicas e sob supervisão veterinária.

Importância do acompanhamento médico e regulamentação

Apesar do potencial, a automedicação com cannabis é perigosa, pois a dosagem, proporção de canabinoides e forma de administração influenciam diretamente na eficácia e segurança.

Além disso, a regulamentação brasileira prevê uso somente com prescrição médica e autorização da Anvisa para importação ou compra de produtos à base de cannabis.

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